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15 outubro 2021

Uma gata chamada Tom

 


O lixo nas ruas provocam doenças, criam baratas, moscas, piolhos-de-cobra... e ratos!

Uma 'família' resolveu se mudar lá pra casa. A qualquer hora desciam pelas paredes e ficavam a me espreitar na cozinha. Ratos são tão rápidos que nenhum chinelo alcança. Não adiantaria chamar a zoonoses: eu não sou importante, além do que, se fosse, não teria ratos desafiando a lei da gravidade para me torrar a paciência. Certamente não na cozinha.

Alguém ofereceu certo veneno que recusei. Chumbinho é perigoso por demais! Arapucas colantes? Nem pensar! Seria tortura.

Eu começava a ver ratos por tudo quanto era canto. Bastava um barulho para achar que seriam eles se divertindo às minhas custas. Ratos são extremamentes gozadores! Os ratos me deprimem profundamente.

Fui chorar minhas angústias com amigos, que me fez a sugestão: Por que voce não cria um gato?

Eu criar gato? Ahahahaha nem pensar! Não gosto deles – são seres esquisitos, falsos, desamorosos e silenciosos. Parece que estão sempre 'armando' uma conspiração, e quando seus olhos de farol aparecem no escuro, nem filme de terror supera! Eu hein!

Não adiantou meus reclames: me fizeram trazer um gato. Um gato preto que a mim pareceu ser o gato da Sabrina. Dei-lhe o nome de Tom. Pareceu apropriado.

Dias depois ainda tentando me acostumar a não pisá-lo no escuro, Tom se emporcalha em óleo queimado (deve ter andado n'alguma oficina...). Agora o bicho ia pegar: Eu tinha que dar banho na criatura!

Lá fui eu na procura do sabonete das minhas meninas, e no xampu para pelos escuros. Não sei se digo coitado por ele, ou por mim. Tom gritava tanto que rezei para não apertar seu pescoço! E foi por esse banho que descobri a mentira deslavada de meus amigos e o primeiro de abril em pleno mês de Junho que me pregaram...

Não era um gato. Genitalmente machos costumam ser reconhecidos (bom, isso necessariamente não é uma regra...)  descobri que Tom era uma fêmea: ficaram com o gato!

Riram a valer quando cheguei espumando... - Quem mandou eu não reconhecer gatos?

Os ratos desapareceram finalmente, e eu cheguei a conclusão de que gatos não são o que eu pensava. Tom (Me recuso a trocar seu nome!) parece gente – boa! Basta que grite seu nome e de onde onde estiver vem correndo; reclama se esqueci de por sua água ou ração e tem mania de dar tapas na cara de minhas meninas. Fica na porta impedindo que entrem, e se isso acontece, pula nas costas delas e morde suas orelhas...

Ainda é pequena, mas do jeito que come, temo que consiga crescer tanto quanto um cachorro!

Decididamente, Tom me ensinou a aprender a gostar de sua raça. Conceitos pré formulados dá nisso: Erros e enganos. Precisei ter uma necessidade, para revê-los, e obviamente mudar...

Talvez seja assim que comecem todos os preconceitos, e tomara que não tenha de haver um problema sério, para se mudar conceitos.