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02 outubro 2021

Sapatos Vermelhos

 


Cá estou eu rindo quase alucinada, sentada à mesa de um bar no shopping, lendo o livro 32 anos 32 homens 32 tatuagens da Stella Florence, que minha sobrinha, minha Enfermeira peixinha me deu de presente, após 12 anos  (ela contou o tempo!) que a gente havia se visto. Deliciada, aguardando a chegada de um CRUSH credo, contando o retalho do salário que sobrou após pagar tantos boletos, eu me sinto maravilhosa escrevendo no próprio livro presenteado, numa página em branco, no final rs ... Me sentindo linda, com meu lenço-badana de petit-pois-preto-e-branco, minha blusa branca (que havia acabado de deixar cair vatapá nela!), e de sobre-tudo, um quimono preto; uma tala na mão direita, auxiliava o dedo operado a menos de quinze dias; minha calça jeans esburacada e costurada por mim, bem à mostra com cerzimento de linha branca grossa de  fazer a 'guia' de arraias dos muleks da rua (adoro essa moda de não pentear cabelos e usar roupas todas desgraçadas!...) No pulso esquerdo três pulseiras: Uma toda em aço com meu nome gravado, outra com aço e couro, e a outra toda em couro preto. No dedo do meio, o anel de formatura, e meu polegar ostentava um original Bvlgari prata 925, pra esculhambar com a moda, meus sapatos-boneca em couro vermelho, OUTER , exclusivo, enfeitava confortavelmente os dorsos dos pés dentro do seu traçado fino  em fita de couro...

Pausei a leitura para observar um belo carinha negro, que parecia muito com um conhecido meu... Um ariano jovem mas nervosinho, que quase me odeia (risos)... Fiquei reparando nele, que estava sentado bem à minha frente com uma mulher que parecia ser namorada...Um dos celulares meus sobre a mesa, toca insistente - do outro lado um homem-máquina de nome Pedro tenta confirmar meu nome...Cobrança?! af! Desliguei. Voltei à ativa, quase pedindo àquele carinha que tirasse a máscara!  Ha ha ha ... Ele me olhou nos olhos algumas vezes... Pareceu estar inconfortável com o meu assédio visual - Mas se estava, porque olhou para trás quando me viu sorrindo olhando para o outro lado? Pouco tempo depois, levantou-se, e saiu com a mulher, Não olhei mais para ele. Contudo, enquanto estava sozinho, tirei uma foto, e enviei pelo messeger para a pessoa que eu julgava que era... O ariano em questão, respondei sorrindo e disse: "quase acreditei mesmo que era eu". Insisti dizendo acreditar mesmo ser ele, que novamente respondeu dizendo que estava em viagem...

Fiquei ainda bom tempo, sentada àquela mesa, assim como disse Bob: "waiting in vain". quase as seis da tarde, nem quis ver o show ao vivo, pois me sentia já morta de cansaço. Passei um mensagem pro empreiteiro dizendo "Indo pra casa".

Mais tempo esperando o buzu. Estranhamente me sentia alegre, e vim cantando por todo o trajeto acompanhando as músicas que eu mesma cantava nos fones de ouvido...